Era uma vez eu num bar solitário
tendo a chuva como alcoviteira,
sob os olhares dos candelabros
empunhava a caneta companheira.
O som da música abrandava
a amargura em meu coração
pingos descompassados da chuva
misturavan-se com a canção.
Através das cortinas de plástico
observava imagens distorcidas
das desilusões que se passavam
naquele momento da minha vida.
Mas não pensava estar derrotado
não queria ser um mero perdedor
é certo que a vida não é somente alegria
mas não seria eu um prisioneiro da dor.
Quem pena aprende, obtém sua recompensa
nunca subestimarei alguém que padeça
pois, nada há na vida terrena que nos aconteça,
sem que a gente escolha ou realmente mereça.
Portanto: se sofri... hoje não mais importa;
Paciência, conservei em meu coração o amor
pois, se derrotado no passado distante,
posso ser no presente um grande vencedor.
Jamais interrompi minha caminhada
por mais espinhos que me arranharam
nem abaixei a cabeça para ninguém
em especial , àqueles que me feriram.
Hoje sei: minha felicidade depende de mim
não fico esperando que alguém a proporcione
sigo em frente sem ter medo de nada
agora reconheço qual o sentido da jornada.
©Valter Montani
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